Da Vila Medeiros para a Vila Leopoldina: chef Rodrigo de Oliveira abre segunda unidade do premiado restaurante com clássicos e muitas boas novas no menu
Do sertão, na quebrada, para o mundo. Esse é o slogan do restaurante Mocotó e, de fato, a história dele é essa.
O chef Rodrigo de Oliveira, o novo jurado do programa MasterChef, ajudou a escrever um importante capítulo na divulgação da comida sertaneja nordestina. Com um restaurante fora da rota gastronômica tradicional de São Paulo, na Zona Norte, no bairro da Vila Medeiros, ele conquistou o mundo com ambiente simples, preços justos e comida genuína, com sabores marcantes do nosso nordeste.
Não à toa, ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles: ocupou o 23º lugar na lista dos melhores restaurantes da América Latina pela revista britânica Restaurant (2021), recebeu o selo de Bib Gourmand pelo Guia Michelin e o prêmio de melhor restaurante do mundo na categoria “no reservation required” pelo World Restaurant Awards em 2019. Em 2021, levou o prêmio The Macallan Icon Award, que faz parte do Latin America’s 50 Best Restaurants: Passado e Futuro. O título é dado para pessoas que geram mudanças duradouras na indústria alimentícia e na sociedade. Com essa pequena introdução já dá para sentir a importância do Mocotó e do chef Rodrigo para a história da gastronomia brasileira.
Agora ele repete toda essa fórmula de sucesso na Zona Oeste paulistana. Na última semana, o chef abriu a segunda unidade do Mocotó na Vila Leopoldina, mais precisamente no gigante complexo da O2 Filmes.
Na rua Aroaba, o novo Mocotó chega para compor a cena gastronômica efervescente do bairro. Trata-se de um marco: depois de inaugurar o Mocotó Café no Mercado de Pinheiros, o Balaio IMS no Instituto Moreira Salles, em plena Av. Paulista, e o Mocotó Shopping D, esta é a segunda unidade do Mocotó “de rua” comandada por Rodrigo, com o jeitinho, a cara e o coração sertanejo do primeiríssimo endereço.
O menu traz clássicos e novidades
Quem espera encontrar na Vila Leopoldina a atmosfera vibrante e informal do primeiro Mocotó já pode se dar por satisfeito. O chef teve o cuidado de colocar o projeto nas mãos de Marino Barros e Rodrigo Leopoldi, da LAB Arquitetos, responsáveis por transformar a casa da Vila Medeiros, que antes crescia “na base dos puxadinhos”, no que é hoje.
Os elementos do Mocotó estarão todos lá, assim como os clássicos do cardápio que conquistaram uma legião de fãs. Entre eles, os dadinhos de tapioca (R$ 20,90 com seis unidades) feitos com queijo de coalho da Fazenda Atalaia (pouca gente sabe, mas a receita original do petisco que virou febre nos bares e restaurantes de todo o Brasil foi criação do próprio Rodrigo), os famosos torresminhos (R$ 32,90), e a carne-de-sol (R$84,90), preparada com coxão mole de Angus salgado e curado na casa, assado na brasa e finalizado com manteiga de garrafa, pimenta biquinho e alho confitado.
Também chegam à unidade da Zona Oeste o baião-de-dois (R$ 28,90 o pequeno), a moqueca sertaneja vegana (R$ 74,90) com cozido de caju, banana da terra, maxixe, abóbora e folhas da horta com arroz vermelho, farofa crocante de castanhas e coco queimado e o pudim de tapioca (R$ 22,90), criado e afinado em conjunto com dona Lourdes, mãe do chef.
Um importante protagonista da mesa do Mocotó não ficou de fora: a Mocofava (R$ 29,90), prato que melhor conta a história do restaurante, combina a receita original de caldo de mocotó de seu Zé, pai do chef e fundador do restaurante, a favas cozidas com linguiça defumada, carne seca, bacon e mais “todo o tempero sertanejo” – aquele segredinho ancestral que transporta a gente a milhares de quilômetros de distância, para o luar estrelado do interior de Pernambuco.
Rodrigo também criou pratos inéditos para o Mocotó da Vila Leopoldina, entre eles a língua de boi braseada com vinho do Vale do São Francisco (R$ 32,90), servida com um pãozinho de mandioca com alho e o pirarucu frito (R$ 29,90) de entrada.
O PF do Mocotó – aqui, “Prato Formoso” – também aparece no menu em versões como: o filé de frango à parmegiana (R$ 44,90) gratinado com queijos brasileiros e servido com arroz de cheiro verde e mandioca frita e a do cajueiro (R$ 44,90) um cozido de caju e vegetais acompanhada de mix de arroz e farofa de coco e castanha de caju perfeita para veganos.
Nas sobremesas também tem novidade das boas! Uma versão própria da torta basca, batizada de Romeo e Juliete, (R$ 24,90) feita com de requeijão-do-norte, goiabada da casa e um toque de vinho; já o mocolé (R$ 20,90), é um picolé de manga, chocolate branco com matchê e creme de limão siciliano com cachaça.
“Se você me dissesse que chegaríamos a esse ponto 15 anos atrás, eu diria que era improvável. Parecia utópico demais”, Rodrigo confidencia. “A cozinha nordestina sertaneja sempre foi muito estigmatizada, ainda mais num restaurante da Zona Norte. É uma baita conquista. Mas nossa grande obra, mais do que conquistar o reconhecimento, foi ter criado essa linguagem muito autoral e universal que fez as pessoas começarem a entender o valor gastronômico dessa comida. Foi a construção de um alfabeto, indo do público local para a cidade, da cidade para o Brasil e do Brasil para o mundo todo”, comemora o chef.
Por mais chefs como Rodrigo e restaurantes como o Mocotó por todo o nosso país!
Mocotó Vila Leopoldina: Rua Aroaba, 333 – Vila Leopoldina / Horário de funcionamento: segunda a domingo, das 12h às 17h / Tel.: (11) 3294-4814.